sábado, 26 de dezembro de 2009

Câncer de próstata: alto índice de mortalidade

ARTIGO
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O Instituto Nacional do Câncer (INCA) afirma que o câncer de próstata representa um grave problema de saúde pública no Brasil, em virtude de suas altas taxas de incidência e mortalidade. Hoje, ele é o segundo mais comum nos homens, superado apenas pelo câncer de pele. Até hoje os médicos não conseguiram associar nenhum hábito, inclusive o tabagismo, ao aparecimento do câncer de próstata. Também ainda não se sabe como preveni-lo, mas eles fazem um monitoramento através de exames de sangue PSA, urina, toque retal e ultra-sonografia, sendo que este último é feito apenas, quando se tem alguma suspeita. A partir desses exames é possível fazer uma avaliação prostática para encontrar a doença, cuja cura se dá por meio de cirurgias, radioterapia ou outras modalidades de tratamento. Os urologistas afirmam que se deve fazer para prevenção contra o câncer de próstata, mais comum no homem idoso, é o check-up anual.

É recomendável que os homens acima de 40 anos devem fazer o exame de próstata uma vez por ano. Os médicos urologistas advertem que a medida pode não prevenir o câncer que atinge os homens, após os 50 anos. No entanto, possibilitará um diagnóstico precoce da doença, cujas chances de cura são maiores, quando é detectada ainda na fase inicial. Em verdade, quando o câncer está num estágio mais avançado, não há tratamento com intenção de cura, existe apenas o tratamento com medicamentos hormonais, apenas com intenção paliativa

O que normalmente causa suspeita é o crescimento da próstata, porém, esta glândula cresce na grande maioria dos homens, devido ao aumento da idade, independente da ser maligna ou benigna. Embora a dificuldade para urinar, a presença de uma micção freqüente e de um jato urinário não contínuo, em que é necessário fazer força para expelir a urina, sejam sintomas de crescimento da próstata, eles não significam malignidade. Até porque, o aumento pode ser simplesmente benigno e não específico da doença.

Os especialistas ressaltam que o toque retal auxilia e muito a diferenciar o tipo prostático benigno do maligno, uma vez que durante o exame, o médico irá constatar se com o crescimento, a glândula ficou endurecida ou apresenta algum nódulo. São essas características que o levarão a suspeitar da presença de alguma malignidade; porque quando a próstata está crescendo, mas o aumento é elástico, macio e sem nenhuma ondulação, indica uma hiperplasia benigna.

Vale ressaltar que o exame de sangue do PSA é de fundamental importância para diferenciar o câncer maligno do benigno. É essencial, porque mostra, em caso de câncer, o aumento de uma substância produzida pela próstata. O PSA é um exame necessário, assim como o toque retal e o exame de urina. Este último deve ser avaliado para saber se alguma infecção, inflamação ou sangramento, pois toda perda de sangue na urina gera suspeita dos médicos. Ocorrendo isso, é necessário providenciar uma ultra-sonografia da próstata, uma vez que o urologista poderá fazer uma pressão na glândula e nas vias urinárias. O ultrasom não faz parte do check-up básico, porém, o urologista o solicita para tirar dúvida de qualquer suspeita, tanto que ele só é pedido, quando há alguma desconfiança.

É preciso salientar que o check-up é importante, mesmo que as pessoas não estejam sentindo nada, uma vez que há casos em que o câncer de próstata é silencioso, pois não apresenta nenhum sintoma, nem mesmo hiperplasia prostática. Existem casos de pacientes que já chegaram ao consultório do urologista para fazer o check-up e a próstata estava do tamanho normal. Quando se submeteram ao exame de sangue, de urina e ao toque retal, o médico diagnosticou a doença bem no início, ainda possível de cura. Os homens devem deixar de lado o auto preconceito do exame e entenderem que a relação com o médico é de amizade, respeito e confiança.
Chico Carlos é Jornalista

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