domingo, 2 de maio de 2010

De Olho no Futuro do Brasil

Muita gente prefere dizer que não fala e nem se interessa por política, porque o assunto é polêmico e divide opiniões. Certamente, é preciso avançar ainda mais para que as pessoas vejam a política com outros olhos. Como já dizia Ulisses Guimarães: “Quem não se interessa pela política, não se interessa pela vida”. Mas é preciso ter interesse, pois é através dela que uma nação é regida.

Neste ano, teremos novas eleições e serão escolhidos um novo presidente da República, os governadores dos 26 estados (e do Distrito Federal) e os representantes da população nas assembleias legislativas, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

Na verdade, muitos não se interessam. Pelo fato de estarem desinformados quanto à importância de nosso sistema político e seus poderes. O sistema político é presidencialista, ou seja, regime político em que a chefia do governo cabe ao presidente da República, mantendo-se a independência e a harmonia dos três poderes (executivo, legislativo e judiciário). O que significa dizer que são exercidos, respectivamente, pelo Presidente da República, pelo Parlamento (no caso do Brasil, o Congresso Nacional dividido entre Câmara dos Deputados e Senado Federal) e pelo Supremo Tribunal Federal.

Na prática, funciona assim: o Executivo elabora propostas de políticas públicas, e o orçamento que fixa as despesas. Enquanto isso, o Legislativo tem a função de discutir a viabilidade política das propostas. Ou seja: o Executivo propõe e o Legislativo controla. Não que ele também não possa propor. Congressistas também propõem projetos de lei. É o executivo que escolhe os nomes dos membros do Supremo Tribunal, controlando o Judiciário. Mas o Legislativo deve aprovar esses nomes, controlando assim o Executivo e o Judiciário, que julga a aplicação das leis. Com isso, um está interligado ao outro, criando uma ‘força’ de controle. Força de controle essa, diga-se de passagem, bastante eficaz. Afinal, muitas CPI’s (ou melhor, as chamadas Comissões Parlamentares de Inquérito), sempre acabam em pizza.
Corrupção, crime do colarinho branco, lavagem de dinheiro, comissões por baixo dos panos, dinheiro na cueca, dinheiro na meia... São vários episódios vergonhosos. É o "mensalão" (CPI dos Correios), a Operação “Caixa de Pandora”... A origem desse dinheiro é a mais maravilhosa possível! Os parlamentares envonvidos nesse tipo de corrupção, sempre falam que os dinheiros são destinados a ações sociais, para pessoas carentes.

O fato é que delito é delito... Todos devem ser tratados com rigor. Afinal roubo é roubo, não é verdade? Quem entra em um supermercado e rouba um pacote de leite em pó, deveria ser punido da mesma forma de quem rouba rios de dinheiros oriundos do governo. É, mas isso não é bem assim. Quem rouba um pacote de leite para matar a fome de sua família vai para uma prisão suja e espera por um julgamento que demora muitas vezes anos e anos. Agora quem rouba dinheiro vindo de propina tem direito a uma cela especial e outras coisas mais. Assim é o Brasil, tudo acontece de forma contrária. Os grandes crimes são tolerados enquanto os pequenos delitos são condenados.

Por isso, nesse ano eleitoreiro, é preciso que cada cidadão acompanhe mais as propostas dos partidos a que seus candidatos pertencem. Antes dessa próxima eleição, experimente fazer um exercício de cidadania e veja se realmente o seu candidato durante esses quatro anos fez ou está desenvolvendo o projeto que anunciou em campanhas passadas. O maior poder de uma democracia, certamente é a consciência do eleitor.

Um comentário:

  1. Muito legal seu blog, Bárbara.

    Conheci pelo Orkut!

    Estamos divulgando aos estudantes de jornalismo sobre o Concurso CNN. Adicionei você lá! Nosso Twitter: @concursocnn

    Luísa Alves

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